A Coalizão em Defesa do Jornalismo repudia e pede apuração sobre a atuação da Polícia Legislativa do Distrito Federal na última quinta-feira, 10 de abril, quando policiais reprimiram com violência e bombas de gás lacrimogêneo uma manifestação pacífica de indígenas, que estava sendo acompanhada por jornalistas e comunicadores.
Tratava-se de uma ação do Acampamento Terra Livre (ATL), que se dirigia ao Congresso Nacional. Os manifestantes e jornalistas foram atacados quando chegaram ao gramado da Praça dos Três Poderes.
Jornalistas e organizadores da marcha afirmam que, em nenhum momento, foi dada orientação aos manifestantes para que não chegassem ao gramado da praça. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) considerou a operação policial uma emboscada.
A Coalizão em Defesa do Jornalismo se solidariza com indígenas, comunicadores e jornalistas atacados. É importante que essa situação seja esclarecida e que os procedimentos da Polícia Legislativa sejam revistos.
É certo que o país passou pelo trauma recente dos atos de 8 de Janeiro de 2023, mas esse episódio fatídico não pode servir para cercear as manifestações pacíficas da democracia.