A COALIZÃO
QUEM SOMOS
NA MÍDIA
O QUE FAZEMOS
ATUAÇÃO
NOTAS E POSICIONAMENTOS
PUBLICAÇÕES
MONITORAMENTO
NOTÍCIAS
Instagram - Coalizão em defesa do jornalismo
X - Coalizão em defesa do jornalismo
Linkedin - Coalizão em defesa do jornalismo
Youtube - Coalizão em defesa do jornalismo
7.03.2024
Notas e posicionamentos

Organizações de defesa do jornalismo repudiam anulação de júri que condenou assassinos de jornalista

Compartilhar no Whatsapp
Compartilhar no Facebook
Compartilhar no Twitter
Compartilhar no Linkedin
Organizações de defesa do jornalismo repudiam anulação de júri que condenou assassinos de jornalista

As organizações da sociedade civil em defesa da liberdade de imprensa vêm manifestar publicamente preocupação e contrariedade à decisão liminar que anula o julgamento dos assassinos do jornalista Valério Luiz de Oliveira, morto em 2012, concedida na última quinta-feira (28/02) pela ministra Daniela Teixeira, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Instamos que o STJ aceite os argumentos dos agravos regimentais que estão sendo protocolados pelos operadores de acusação, como o Ministério Público Federal, reverta sua decisão e garanta que os acusados pelo assassinato do jornalista sejam responsabilizados.

A decisão da ministra anula todos os atos processuais posteriores a uma audiência realizada em 2015 em que, segundo os acusados, teria havido cerceamento de defesa. Ocorre que tal audiência apreciou o pedido de liberdade de um dos acusados e o depoimento colhido, ainda que na ausência da defesa dos demais réus, nem sequer foi utilizado para sustentar a condenação proferida pelo tribunal do Júri de Goiânia em 2022, dez anos após o assassinato.

Valério Luiz de Oliveira foi assassinado no dia 5 de julho de 2012 com seis tiros à queima-roupa na porta da rádio em que trabalhava, em Goiânia. O homicídio se deu em represália às críticas que o jornalista fazia à direção do time de futebol Atlético Clube Goianiense. Entre os condenados estão Maurício Borges Sampaio, empresário e ex-presidente do Atlético Clube Goianiense, e Ademá Figueiredo, policial militar ainda na ativa.

A decisão da ministra Daniela Teixeira revela o cenário de impunidade dos crimes contra jornalistas e comunicadores no Brasil e opõe-se ao anseio social por justiça a mais um caso emblemático de ataque brutal à liberdade de imprensa e ao exercício do jornalismo.

7 de março de 2024

Assinam esta nota:
Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo)
Associação de Jornalismo Digital (Ajor)
Comitê para Proteção de Jornalistas
Instituto Palavra Aberta
Instituto Vladimir Herzog
Rede Nacional de Proteção de Jornalistas e Comunicadores
Repórteres Sem Fronteiras – RSF

VeJA TAMBéM
CDJor repudia uso da Abin para monitorar jornalistas e organizações de imprensa
CDJor repudia uso da Abin para monitorar jornalistas e organizações de imprensa
A Coalizão em Defesa do Jornalismo (CDJor) manifesta seu repúdio veemente ao uso da estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para realizar monitoramento de jornalistas, veículos de imprensa e organizações da sociedade civil durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. No dia 18 de junho, com a retirada do sigilo do relatório final da PF por parte do Supremo Tribunal Federal (STF), mais detalhes vieram à tona. De acordo com o relatório, entre os jornalistas monitorados estão Ricardo Noblat, Alice Maciel, Leandro Demori, Mônica Bergamo, Reinaldo Azevedo e Vera Magalhães. Também foram citados veículos como Aos Fatos, Agência Lupa e revista piauí. A Repórteres Sem Fronteiras (RSF) — integrante da CDJor — também figura entre os monitorados.
SAIBA MAIS
CDJor repudia processos contra O Pedreirense e o jornalista Joaquim Catanhêde
CDJor repudia processos contra O Pedreirense e o jornalista Joaquim Catanhêde
O Pedreirense, veículo que se dedica à cobertura jornalística na região do Médio Mearim (MA), e o jornalista Joaquim Cantanhêde são alvo de dois processos judiciais movidos, respectivamente, por um médico da rede pública e por Fred Maia (PDT), atualmente suplente ao cargo de deputado estadual do Maranhão e esposo de Vanessa Maia (União), prefeita do município de Pedreiras.
SAIBA MAIS
Coalizão repudia instrumentalização da Polícia Civil para intimidar jornalistas
Coalizão repudia instrumentalização da Polícia Civil para intimidar jornalistas
A Coalizão em Defesa do Jornalismo (CDJor) manifesta sua preocupação com reiterados casos de instrumentalização da Polícia Civil de São Paulo para mover investigações com o intuito de censurar jornalistas. Na capital e em Araçatuba, delegados da polícia provocaram ou iniciaram inquéritos policiais que têm como alvo jornalistas que revelaram fatos de interesse público sobre suas atuações no cargo público.
SAIBA MAIS
CDJor manifesta preocupação com o julgamento do STJ em ação de Gilmar Mendes contra jornalistas e revista IstoÉ
CDJor manifesta preocupação com o julgamento do STJ em ação de Gilmar Mendes contra jornalistas e revista IstoÉ
A Coalizão em Defesa do Jornalismo faz um apelo aos integrantes da 3ª Turma do STJ para que sigam o já consolidado entendimento do STF de que críticas dirigidas a autoridades públicas podem ser fortes e ácidas sem que isso gere o dever de indenizar. Trata-se de importante proteção às liberdades de expressão e de imprensa, que visa resguardar não somente os direitos do veículo e dos jornalistas, mas também da sociedade, de ser informada.
SAIBA MAIS
VEJA MAIS